05º Dia – De Mendoza/ARG à Santiago/CHL
Helloo mundo! Voltamos. Vem com a gente?
Então, saímos de Mendoza às 10h e a previsão de chegada a Santiago seria às 17h. O ônibus era excelente, o motorista um anjo. Digo isto, pois a Thaísa havia passado muito mal a noite toda e foi embarcar ainda passando muito mal e o motorista foi atencioso o tempo todo, fez chá várias vezes durante o percurso. Graças a Deus ela tomou um Dramin e apagou kkkkkkkk . Na imigração foi bem demorado, o frio estava intenso na cordilheira dos andes. Uma paisagem simplesmente animal! O Jeff teve que fazer os trâmites de imigração correndo para lá e para cá sozinho, mas deu tudo certo no final!
Essa estrada Mendoza – Santiago é muito linda! Passamos pelos Andes, pelas montanhas mesmo! É um caminho muito procurado e recomendado para quem quer apreciar os andes nevados e bastante frio! Diferente de tudo pelo que já passamos! Pena que a Thaísa estava mais dormindo, então o Jeff ficou acordadão para contar tudo.
Chegamos ao terminal de Santiago umas 18h e fomos de metrô até o Apart que já tínhamos reservado. Ficamos no Smart Apart no bairro Bellas Artes. Pense numa excelente localização, com estação do metrô literalmente em frente. O Apart era muito arrumado e todo equipado. Como a Thaísa ainda não estava muito bem, o Jeff foi até o mercado comprar ingredientes mais saudáveis para fazermos sopa e comprou também umas frutinhas. Passamos a noite no Apart mesmo, descansando.
06º Dia – Em Santiago…
Acordamos mais tarde e a Thaisa já estava um pouco melhor, mas ainda se sentia fraca. Por isso o Jeff foi sozinho até a rodoviária providenciar as passagens para Pucón. Ficou para o dia seguinte às 21h45min, com chegada às 08h do outro dia. Ele retornou ao Apart já na hora do almoço e a Thaisa já havia preparado um almoço.
Comemos por ali mesmo. Descansados, fomos dar uma volta pela região. Infelizmente não deu para programar nenhum passeio devido a Thaísa não estar bem. Mas naquele momento só queríamos sua melhora para podermos curtir com saúde o restante do mochilão. Uma surpresa boa foi encontrar pão de queijo no Dunkin’ Donuts hehehe
Um passeio que muitos recomendam que ainda ficou de fazer é o Embalse El Yeso. Este é um lago represado na Cordilheira dos Andes a uma altitude de 2.500 metros. Fica a duas horas e meia de Santiago, sendo 1 hora em estrada normal e em ótimas condições, mais 1 hora e meia em estrada de terra. Então fica a dica! Ainda queremos ir lá ver isso!!!
Então, voltamos à noite para o Apart e jantamos por lá mesmo. Ficamos vendo seriado à noite e se recuperando. Nós não vimos esse tempo como perdido, pelo contrário, ficamos gratos por estarmos em uma cidade maior, com estrutura boa, onde deu para se alimentar melhor, relaxar bastante e se recuperar para as próximas aventuras.
07º Dia – Rolê em Santiago/CHL e saída para Pucon/CHL à noite
Tivemos uma manhã mais na boa, nesse dia. Levantamos umas 09h, tomamos banho, arrumamos os mochilões, demos uma limpadinha por cima no Apart, almoçamos e fomos para o terminal Alameda para deixarmos os mochilões e andarmos mais livres, sem peso. Eles cobram um valor baixo, como na maioria das rodoviárias.
Livres do peso fomos até o Mallplaza Alameda Shopping, é bem próximo do terminal. Demos uma voltinha e logo corremos para o cinema. Para quem nos conhece mais de perto sabe que somos apaixonados em filmes/seriados. Vimos o filme “Assassino a preço fixo II – A Ressureição”, com Jason Statham, em espanhol srsrs. O filme é bem fraco, mas a experiência foi legal, nós nos divertimos. Somos bobos, nos divertimos com qualquer coisa hahaha.
Saímos do cinema e fomos até a praça de alimentação para o Jeff comer alguma coisa, a Thaisa ficou só na maça mesmo.
Voltamos para o terminal e o ônibus já estava próximo de sair, embarcamos e dormimos a noite toda. Ônibus maravilhoso e viagem mais tranquila impossível.
08º Dia – Chegada em Pucón, que cidade LINDA!!!!
Respirem fundo e apertem os cintos! Pucón é uma graça, ficamos fascinados. Mas vamos por partes rsrs. Já tínhamos pesquisado que de manhã é muitoooooooo frio na cidade, por isso fomos prevenidos. Chegamos cedinho e era verdade, MUITO FRIO! Então fica ai a dica, vá equipado para esse momento de chegada.
A rodoviária é minúscula, pegamos um táxi até nosso Hostel. Amamos o hostel, bem familiar, limpo e arrumado. Parecia mais uma pousadinha, o nome é Hostal O’Higgins, super indicamos. Guardamos nossas coisas e já fomos andar pela cidade para pesquisarmos os passeios. Reservamos para Pucón 3 dias, contando com esse dia da chegada.
Após pesquisar bastante fechamos os passeios com a empresa Patagonia Experience Pucón. Empresa de confiança e excelente. Nós indicamos!!!
Agora vamos aos passeios que fechamos. O mais procurado na cidade com certeza é para escalar o Vulcão ativo VillaRica. É uma aventura tremenda e só o Jeff topou fazer, a Thaísa ficou insegura. Esse passeio ficou para o dia seguinte. A empresa nos deu de brinde a tarde em um parque de águas termais, em Pucón tem várias e é um passeio obrigatório. O bom foi que não precisamos gastar, pois ganhamos. Marcamos para esse dia mesmo, à tarde. A van nos buscaria no hostel as 13h. Então corremos, arrumamos nossa mochila com roupa de banho e fomos. Deu tempo certinho.
Chegamos até o local, tinha uma linda área verde, e na parte de dentro era muito arrumado. Além das águas termais tinha um spar , com massagens e etc. Altíssimo nível. O dia estava bem frio, mas as piscinas eram cobertas e foi maravilhoso relaxar nas águas. Passamos uma tarde bem agradável e relaxante.
Voltamos ao hostel quase a noite e saímos para jantar. Escolhemos um restaurante mexicano, estava delicioso e o preço acessível . Ficamos felizes pois a Thaísa conseguiu se alimentar bem, sinal que estava sarando kkkkkkkkkkkk
Voltamos para o hostel e fomos dormir cedo , pois no dia seguinte a Van buscaria o Jeff às 5h da manhã para uma das melhores experiências que ele já viveu na vida. Então até amanhã, com muitas emoções pela frente.
09º Dia – Subindo ao Vulcão VillaRica – Sem dúvida, uma das melhores experiências da vida!!!
Bem, esse dia foi O DIA! Mais para o Jeff que resolveu encarar a aventura, até mais porque na internet tem muitos relatos dizendo: “Poxa, diziam ser difícil, mas é fácil. Até pessoas de 60 e 70 anos conseguem”. Não é menosprezando a idade de ninguém, mas o Jeff não achou fácil assim, mas enfim.
O vulcão Villarica tem um total de 2843m de altitude. É também conhecido como Rucapillán, ou “casa do demônio”, na língua mapuche, dos nativos. Este vulcão, junto com o Quetrupillán e o Lanin (sendo que o último é compartilhado pela Argentina e pelo Chile) encontram-se dentro de uma área de preservação ambiental conhecida como Parque Nacional Villarrica. O Villarrica é um dos mais ativos de todo o Chile.
Enfim, tudo começou cedo, bem cedo! às 04h da matina, ainda sem sol, acordamos para vestir as roupas de frio, arrumar a mochila e ficar preparado para quando a agência fosse buscar. A moça que cuidava do hostel foi muito gentil e acordou super cedo para fazer nosso café da manhã!!! TOP DEMAIS!!!
Gostaria de ressaltar a questão escolha da agência, que faz TODA A DIFERENÇA neste passeio, pois é necessário assinar um termo de risco de vida, ou seja, não é algo assim que se vai de qualquer jeito. Existem muitos riscos, que devem ser levados em conta e a equipe que te acompanha tem quer séria e de responsabilidade. Graças a Deus, achamos a Patagonia Experience Pucón, com guias experientes e excelentes que auxiliam psicologicamente e fisicamente em tudo!
A subida, embora cansativa, não exige grande conhecimento técnico de alpinismo, ou “andinismo” (como o esporte é conhecido nos países andinos), uma vez que a escalada é, em sua maior parte, uma caminhada íngreme
Continuando… por volta das 05h da matina, já estava dentro da van, buscando mais alguns passageiros que iriam fazer a subida. Era um grupo de 12 pessoas, eu acho. Estava bem frio!
A primeira parada foi na agência, para explicações, conversa e preparação. Esta preparação conta com várias dicas dos guias, onde eles passam mais confiança para a galera. Neste momento também que pegamos nossos equipamentos, que contam com roupas e acessórios apropriados para a subida (casaco impermeável, calça, capacete, bota, etc) e também onde se deixa guardado suas coisas, para pegar na volta. Recomenda-se levar uma mochila leve, com um lanche leve, água e mais algumas roupas para o frio.
Preparados, pegamos a van para chegar aos pés do vulcão. De longe já se vê o imponente Villarica, todo branco! A estrada estava meio “destruída”. Digo isto, pois em 2015 teve erupção e ainda restavam algumas marcas deste dia. Mas já estava tudo sendo reconstruído.
Chegamos ao Villarica por volta de 07h ou 08h. A subida até o topo do vulcão é feita em partes. Nós fomos acompanhados por 4 guias, que falavam espanhol e inglês. Aqui, o guia pergunta a primeira vez se alguém quer desistir. Se voltar daqui, o dinheiro é devolvido em parte. Prosseguindo, não há mais devolução alguma. Todos quiseram prosseguir.
A primeira parte foi uma parte de terra. Uma terra preta, misturada de cinzas vulcânicas. Essa parte foi tranquila. Estava bem frio, mas era só ir andando, subindo que o corpo esquentava e ficava de boas. Passada essa parte, entramos numa parte já com neve. Era um neve fofa, tranquilo de andar também. Mas a partir daqui já colocamos grampões nas botas, que é um equipamento de ferro, que prende na bota e dá mais firmeza na neve e no gelo. Estava por volta de 0 ºC a -5 ºC.
Tinham alguns grupos fazendo a subida, alguns mais à frente, outros mais atrás, mas todos os guias se conheciam e se ajudavam.
Nesta primeira parte, mais fácil, andava-se só seguindo o grupo mesmo. A partir de que colocou os grampões, um guia ficava à frente do grupo e o resto do pessoal andando nas pegadas do guia. Ele “afofava” e melhorava o caminho para todos. Outro guia seguia mais à frente verificando como estavam as coisas e dois atrás motivando e cuidando de tudo.
Tivemos então uma segunda parada. Aqui, paramos para beber uma água, comer algo. Alguns para tirar casaco ou colocar. Porque isso varia de pessoa para pessoa. Até aqui eu estava super tranquilo e pensava: “poxa.. fácil demais!”. Não sabia eu o que viria pela frente. O tempo estava lindo, bonito e aberto. Óculos escuros se fazem necessários por causa da claridade da neve.
Essa segunda parada foi em um antigo abrigo onde para um teleférico, que estava estragado. No caminho também encontrávamos pessoas praticantes de ski, subindo o morro para depois descer esquiando. Muito show a facilidade da galera em subir, mesmo em alta altitude, com ar rarefeito e um frio de lascar. Estava em torno de -10 ºC, nesta segunda parada. Ali o guia também perguntava quem gostaria de descer, quem não gostaria de prosseguir. Algumas pessoas desistiram e um guia voltou com elas. Eu prossegui firme e forte
Parece-me que ali também é um centro de ski no inverno, mas não lembro se ainda funciona.
A partir daqui o negócio começou a pegar, pois começou a ter muito gelo no caminho, dificultando bastante, tem que fazer certa força para o pé entrar no gelo/neve. O ar foi ficando mais rarefeito. A inclinação da montanha foi aumentando consideravelmente e a temperatura caindo. Antes de seguirmos o guia nos deu um breve treinamento prático de como usar um pequena picareta de escalada que usamos durante a subida, para equilibrar, dar sustentação e caso aconteça de escorregar pela neve, como se agarrar e parar. Na descida também utilizada como freio, porque uma boa parte da descida é feita de esquibunda hehehehhe
Essa subida não foi algo rápido. São umas 4h de subida total e depois umas 2h de descida. Então o bixo pega!!! Pelo menos, eu achei!
Fomos, então, subindo, fazendo zig-zag, segundo os passos do guia da frente. O gelo aumentava, a temperatura foi diminuindo muito drásticamente e o vento, ah o vento! O vento vinha com tudo. Começou a aumentar a velocidade, 20km/h, 30km/h, 40km/h. E ficávamos hora a seu favor, hora contra. Achei bem complicado! Fazendo bastante esforço para não desequilibrar!!!
Os guias continuavam cuidando e nos dando muita força, para chegar até o fim. Eu fiquei com muito medo dessa parte em diante. Eu caí algumas vezes, pois nunca tinha usado os grampões na vida. Pensei demais na minha esposa, na família, em Deus, principalmente, e fui prosseguindo, me esforçando, cantando e aguardando a terceira parada. Foi bastante cansativo e difícil essa parte.
Vencida esta etapa, tivemos a terceira e última parada. Neste momento eu estava muito cansado, começou a dar câimbras nas pernas e o frio aumentou para em torno de -20 ºC a -25 ºC. Paramos um pouco para descansar e conversar. Aqui o guia explicou que faltavam apenas mais uns 40min de caminhada para o topo final.
Se alguém quisesse desistir, era a última chance, pois iniciada a caminhada, não haveria volta. Nessa hora, um frio de lascar, muitas dores e cansaço e aquela visão incrível de tudo em volta, me senti tão pequeno, tão vulnerável. Pensei 100 vezes no que fazer e resolvi descer. Não consegui subir até o topo final. Tão perto, mas tão longe. Outro senhor também resolveu voltar comigo e um guia. Deu bolha de sangue no pé dele e não conseguia mais andar direito.
Dali de cima, a mais de 2400m de altitude, já acima das nuvens, pude contemplar toda natureza em volta, tanto Chile quanto Argentina. Vimos vários outras montanhas e cumes e até outros vulcões que existem nas proximidades. Outra coisa que pesou bastante na minha volta antecipada foi o tempo que virou e os guias precisavam continuar rapidamente o restante da subida, pois é perigoso subir com tempo fechado, com muitas nuvens e etc.
Então, decidido, voltei com o guia Leonardo e o outro senhor. O guia foi me ajudando a descer, pois a descida é bem diferente da subida. Enquanto se sobe em fila, em zig-zag, a descida é mais por conta, com passos largos e firmes, mas com todo cuidado. O guia foi me ajudando, devido às dores. Andamos por cerca de 40min, até certo ponto. Paramos um pouco e o guia nos deu instruções de como terminar a descida, de esquibunda. Ele ensinou como pegar velocidade, como parar e também vestiu os skis que carregava. Eu e o outro senhor íamos descendo escorregando e ele esquiando, guardando a gente! Foi uma das melhores sensações e partes do passeio!!! Foi demais.. Eu subiria tudo de novo só para fazer isso hahahahahahaah me diverti demais!!! Parecia uma criança!!! A primeira parte era só sentado na neve mesmo. Já tinham caminhos pré-feitos. A segunda parte era mais emocionante ainda, utilizando um pedaço de plástico onde se senta e tem maior velocidade hahahaha foi doidera demais! Foram 1h e pouco de descida, apenas agradecendo a Deus e curtindo tudo que havia passado! foi demais!!!
Chegamos na base do vulcão e foi só caminhar mais um pouco até a van e aguardar o restante do pessoal que chegou ao topo e já estava descendo. Não se fica muito no topo, pois além de perigoso, tem muitos gases tóxicos provenientes do vulcão.
Aguardamos mais ou menos 1h e pouco e o resto do pessoal já chegou. Todo mundo muito feliz e animado pela experiência vivida! Eu estava meio triste, queria ter chegado até o fim, mas também feliz, afinal temos que saber nossos limites.
Dali fomos para a agência, onde nos esperavam com um lanche muito gostoso. Comida e bebida à vontade!!! Foi show!!! Ficamos ali uns 40min conversando e se re-estabelecendo. Pegamos nossas coisas e a van foi nos deixar onde cada um queria. Isso por volta das 16h.
Cheguei ao hostel feliz da vida! Depois de um passeio desses, estava renovado e só queria o abraço, presença e contar para a Thaísa toda a aventura. Ela, enquanto tudo isso passava, ficou na cidade, passeando pelas pracinhas charmosas, conhecendo toda a cultura local e olhando para o vulcão, tentando me achar hahahahahah E essa também foi uma as melhores partes, voltar para os braços dela, são e salvo! Prontos e ansiosos pelas próximas aventuras, fomos comer e descansar!!!
10º Dia – Tchau Púcon/CHL linda e partida para Puerto Varas/CHL
Com muita tristeza nos despedimos de Pucón, muita mesmo. Temos muita vontade voltar de tão aconchegante e acolhedora que é. Trata-se de uma cidade bem pequena, mas muito arrumada. Nos sentimos na Europa (mesmo sem nunca ter ido kkkkk). A vista é linda e o Vulcão Villarrica é o que chama mais atenção. É uma montanha imensa e nevada que te paralisa. Dependendo da época do ano que visita, ela pode estar sem neve e ser possível ver melhor o topo. A rua principal possui muitos restaurantes, confeitarias e agências de passeios, um charme!
Aqui vem outra dica de Trip. Se você não tiver muitos dias para fazer um mochilão, o que acha de passar 5 dias em Santiago e partir para mais 3 ou 4 dias em Pucón? Tenho certeza que vai amar!!!! Confia!!!
Obrigada (o) mais uma vez por nos ler e a próxima parada será em Puerto Varas, também é um cidade da região Patagônica Chilena e de lá partimos para Bariloche, que já faz parte da patagônia Argentina. Te esperamos lá!!!
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