Heys guys!!!! beleza? Espero que sim… Então, aqui estamos nós em mais uma etapa dessa nossa aventura. Essa parte foi realmente emocionante e linda!!! Marcou nossas vidas e nós deu mais incentivo de viajar, conhecer mais paisagens e ter esse contato com a natureza e com as pessoas.

Nossa viagem ao Sallar de Uyuni, na Bolívia, começou em San Pedro do Atacama, no Chile. Como já dissemos no post anterior (Curte lá depois!). Pode-se também vir direto da Bolívia para o Sallar.
Mas o que é esse tal de sallar ou salar? É um deserto de sal, ou melhor, o maior deserto de sal do mundo, que se formou através do secamente de antiquíssimos lagos que existiram na região. É incrível, indescritível, um mar de branco que se estende por mais de 10.000 km² (o que corresponde a cerca de sete vezes a cidade de São Paulo) e está a 3600m de altitude. Mas não é só isso, para chegar até lá, passamos pelo deserto mais seco do mundo (Deserto do Atacama), conhecemos lagunas (lagoas) muito lindas e uma paisagem que não se vê em outro lugar, inóspita, onde a natureza se move livremente, com pureza, sem interferência humana.
Este passeio dura 3 ou 4 dias, dependendo da opção contratada, e conta com transporte, alimentação e acomodação para todos os dias. Além, é claro, do guia. Aliás, o nosso guia foi muito legal! Muito responsável, confiável e que realmente fez a diferença. Destacamos isso, pois já ouvimos relatos e presenciamos guias irresponsáveis, que não presavam pela integridade total do grupo ao qual assistia. Mas enfim… Vamos lá!
13º Dia – Entrando na Bolívia

Partimos, beeeem cedo, de San Pedro. A agência contratada nos pegou no hostel, conforme combinado. Após pegar todos os outros colegas de passeios (Vão 6 pessoas por carro. Nosso grupo tinha além de nós, claro, mais um casal de brasileiros e um casal de alemães e o motorista boliviano), já fomos em direção à fronteira boliviana, fazer os trâmites para saída do Chile e entrada na Bolívia. No caminho algo inesperado já nos deixou estaziados. Pleno deserto e de repente chuva. Mais à frente, neve por todo lado! Nunca havíamos visto nevar na vida e foi logo no deserto, na fronteira que pudemos desfrutar desse momento. Foi muuuiito da hora!!!

Chegamos à fronteira depois de mais ou menos 1h de viagem, que fizemos numa van, e tinham muitos outros carros e pessoas para fazer imigração. A parte mais precária já começou e já sabíamos que dali para frente o esquema era mais ROOTS mesmo hahahaha banheiro?! Quando tinha, era pago e sujo =/ então banheiros naturais estavam à disposição (pedras, arbustos e tals). Por ser uma localidade desértica e protegida para manter a originalidade, é assim mesmo.

Vencida a imigração, que foi tranquilo, tomamos café da manhã ali mesmo, ao ar livre. Logo depois subimos num veículo 4×4 e partimos para a primeira parada. Só que antes, paramos no posto onde se compra o ingresso da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Esse ingresso custou Bs150 e tem validade de 4 dias. Ele deve permanecer guardado por toda a viagem, pois existem postos de controle que podem pedir sua apresentação. Daqui em diante só tinham paisagens incríveis. Pareciam pintura! E nos sentimos em muita paz e muitos conectados com a natureza e com Deus.

As primeiras paradas foram na Laguna Blanca e depois Laguna Verde. Lagoas lindíssimas, situadas nas altas montanhas, em altas altitudes, na Bolívia. A primeira é esbranquiçada, as vezes parece prateada. A próxima é esverdeada clara, muito linda! Todas as lagunas apresentam cores fortes, com tonalidades fortes, devido a minerais encontrados na água. Picos nevados, montanhas de tamanhos variados e vulcões acompanhavam toda a paisagem, fazendo daquilo um sonho!!!
Dalí, seguimos pelo deserto completo e total! Apenas nós e mais nada! Que aventura!

A próxima parada foi excelente também, pois paramos em um poço de águas termais. Imagine a cena, 0º ~ 5º no ambiente e uma água de uns 30º ~ 40º para tomar um banho e relaxar demais! Não tinha como perder essa. A Thaísa ficou meio desconfiada, com o frio e tals.. se entrava ou não! O Jeff caiu dentro sem nem pensar hahahaha Depois de todos do grupo entrarem, a Thaísa também foi convencida! E que momento!!! Ela agradeceu muito por não ter perdido aquilo! Um banho quente maravilhoso, que aquecia nossos corpos e uma paisagem que enchia nosso coração. Foi animal! Detalhe básico é que paga-se um taxinha para entrar… Era coisa pouca, mas não lembramos o valor.
Após o banho excelente, partimos para o deserto novamente. Desta vez, paramos para ver gêiseres conhecidos como “Sol de Mañana”. Ao invés de água, esses tinham uma lama cinzenta e borbulhante. Como tem vulcões nas redondezas, existem lugares assim. Tinha também um cheiro forte, mas suportável. Era muito legal, porque parecia que estava andando nas nuvens hehehe E apesar do calor que saía dos buracos e do sol forte, estava muito frio, com muito vento. Indispensável roupas quentes e confortáveis para este passeio (agradecemos ao Jônatas e Lorena, pelos casacos emprestados novamente heauheuhae).


Esta foi nossa última parada do dia. Por volta das 16h, já partimos para nosso primeiro abrigo do passeio. Chegamos umas 18h no abrigo e aqui começou nossa saga contra a altitude. Para quem vem do Chile, esse primeiro abrigo fica numa altitude de aproximadamente 5000m. Como vamos subindo devagar, passeando, não sentimos tanto. Mas ao chegarmos lá e pararmos, descarregarmos as coisas e tudo, aí sim o famoso soroche (mal da altitude) pegou a gente de jeito. A Thaísa já estava sentindo um pouco de falta de ar e dor de cabeça. O Jeff estava de boa e achava que ia ser tranquilo, mas essa
foi a noite mais difícil de toda a viagem. Nós chegamos ao abrigo e fomos bem recebidos por uma senhora, muito simpática e também que nos preparou o jantar. Estava delicioso! Tudo fresquinho e bem prepadado! Todos comemos e conversamos, foi muito legal! O que pegou mesmo, foi na hora de dormir. TODOS PASSAMOS MUITO MAL! Ninguém conseguiu dormir, devida a pressão e tudo que a altitude ocasiona. E parece que a reação é maior nos homens! Uma dor de cabeça que num lembro de ter igual.

14º Dia – Mais Lagunas (Colorada)
Vencida (e foi luta mesmo, viu?!) esta noite mal dormida. Todos acordamos indispostos, mas mesmo assim animados para mais um dia de passeio.


A próxima parada foi na famosa Laguna Colorada. Esta lagoa tem um tom avermelhado muito intenso e é populada por flamingos selvagens. Ao seu redor também ficam diversas lhamas comendo o escaço pasto que se forma ali. Uma cena admirável e incrível de se encher os olhos! Ficamos ali um bom tempo tirando fotos e curtindo o visual.
Daqui em diante, já estávamos nos sentindo melhores (depois de tomar muuuito chá de coca, mascar folha de coca e chupar balinha de coca), até mesmo porque a altitude diminuiu um pouco e ai foi melhor de aproveitar. Seguimos, então, viagem pelo Deserto de Siloli. Neste deserto, paramos um pouco em formações rochosas muito singulares e que também é parada obrigatória para admirar. Conhecemos o famoso Árbol de Piedra, que é uma formação causada pela erosão de ventos, que lembra um árvore.

Depois de mais um bom trecho de estrada, visitamos a Laguna Honda, com águas muito claras, pareciam até ter uma coloração branca. Passamos rapidamente pela Laguna Chiarcota e fizemos uma parada na Laguna Hedionda, onde almoçamos.
A Laguna Hedionda é um local com uma certa infraestrutura, com banheiro e umas cabanas para se abrigar e se alimentar. Reza a lenda que tem wifi, pago, claro! Mas não testamos. Aproveitamos para desintoxicar do mundo digital ehehehe O almoço foi simples e leve, mas estava bem gostoso! Almoçamos dentro de uma cabana de madeira, com vista para a laguna, na maior tranquilidade. Haviam diversos outros guias com passageiros no local! Sendo local de parada estratégica neste passeio.
Depois do almoço, partimos para a Laguna Cañapa, onde além de flamingos, vimos alguns animais como pássaros, vicunhas e até raposa. Viajando mais um pouco, chegamos até o Mirante do Vulcão Ollagüe. Muito lindo! Uma paisagem diferente de tudo, com rochas de um lado e de outro areia! Muito interessante! Além da imagem do vulcão ao fundo, expelindo sua fumaça. Pouco antes de chegarmos ao lugar onde passaríamos a noite, fizemos uma última parada para fotos em uma linha de trem desativada… Nesse lugar já começava a ficar bem aparente a sensação de que o salar estava cada vez mais próximo, pois no chão começou a aparecer bastante sal.


No fim da tarde, chegamos ao povoado de San Juan, onde nos acomodamos no nosso “Hotel de Sal”, uma pequena construção, quase em toda sua totalidade de sal, com mesas, cadeiras, camas, tudo isso em sal. O único lugar que era de alvenaria era o banheiro e sim, aqui tinha banheiro limpinho, com água quente! O único nesse passeio! Então aproveitamos para, tomar aquele banho, relaxar e se alimentar e hidratar bem! Aqui também havia energia elétrica até as 21h, para recarga de celulares, câmeras e etc.. o que foi muito bom! Depois de jantar, ficamos batendo papo, mas não demoramos muito, pois no dia seguinte sairíamos umas 4h da madruga, para vermos as estrelas durante a noite e o nascer do sol já dentro do salar. Esse hotel superou nossas expectativas e fomos descansar todos satisfeitos por tudo que passamos até ali e pelo que estava por vir!!!
15º Dia – É dia de Salar!

Bem, no dia anterior dormimos cedo, mas já ansiosos pelo dia que viria. Acordamos 04h da madruga, com tudo escuro. A ideia era ver o sol nascer no salar, num momento único, inigualável e inesquecível! E assim foi! Comemos alguma coisinha e saímos. E dali em diante foi somente contemplação e admiração pela grandeza e beleza desse planeta azul e também de tudo além deste pequeno planeta. Digo isto, pois pudemos curtir o céu estrelado, com nenhuma luz não natural para atrapalhar e essa foi uma vista que realmente nos coloca para pensar. Como somos pequenos! Falando não dá para entender, mas talvez com a foto a seguir, que não foi tirada por nós, seja possível entender.

É algo que realmente marcou e que dá vontade de voltar àquelas redondezas somente para contemplar isso mais uma vez, de forma mais exclusiva e especial. Parece até mentira quando se vê ao vivo!



Depois de muitas fotos, vídeos e contemplação, partimos para mais um trecho de viagem, com destino à ilha de cactos que existe no meio do salar, chamada Isla Incahuasi. Esta ilhota é também chamada de casa dos incas, pois diz a história que os mesmos faziam paradas por esta ilha em suas viagens. E diz-se ilha porque há cerca de 40.000 anos atrás, o Salar de Uyuni era um gigantesco lago.
A Isla Incahuasi é o que restou do topo de um vulcão que ficou submerso durante muitos anos. Chegamos cedo na isla e fomos tomar café enquanto nosso guia trocava um pneu furado. O café estava ótimo! Com o clima um pouco menos frio, foi demais desfrutar de tudo aquilo. Tinham também muitos outros carros e pessoas na ilha.
Nesta ilha tem diversas trilhas, de nível relativamente fácil. A Thaísa se cansou um pouco, então fez o circuito menor. O Jeff estava tão animado que andou todas as rotas possíveis hahahaha foi sozinho mesmo! É super tranquilo! As trilhas são demarcadas e não se poder sair delas, nem ficar escalando as pedras.
Outro fator incrível são os cactos presentes na ilha. Vários deles são gigantescos, podem chegar a mais de 10m de altura, principalmente os echinopsis atacamensis, uma espécie comum no Chile, Argentina e na Bolívia.
De baixo, não parece ser uma ilha grande, mas ela tem em torno de 246.000m² e se encontra a 3.680 metros do nível do mar. Lá de cima também é possível ver outra ilha, a Isla Pescado, também dentro do salar. Mas não fomos até lá.
Saindo da isla, fomos curtir mais salar. Oh lugar grande!!! Dá para se ver do espaço!
A próxima parada foi num hotel de sal, esse sim, todo de sal. Hoje está desativado e virou uma espécie de museu! Bem legal! Mas não demoramos muito!
Depois de muita viagem e muita coisa legal na memória, partimos para um pequeno povoado onde seria nosso almoço. O guia arranjou um local bem bacana, num pequeno prédio, arrumou tudo e pudemos aproveitar o almoço e a companhia dos nossos companheiros de viagem.
Abastecidos fisicamente, seguimos viagem para a cidade de Uyuni, na Bolívia. Mas nossa próxima parada real foi no cemitério de trens. Este local é um grande espaço onde se encontram trens que foram descartados para uso. Esses trens eram utilizados na década de 70 e 80. Hoje servem como museu ao ar livre para tirar fotos e conhecer. Em um desses trens, tem um balanço bem legal, onde as pessoas gostam de passar um tempo lembrando o tempo de criança hehehe. Este passeio foi breve. Também chegou muita gente junto, então ficava difícil tirar uma boa foto.
Terminado de conhecer os antigos trens, a cidade de Uyuni nos esperava. Paramos lá para conhecer rapidamente e dar uma voltinha. Andamos pela feirinha popular, praça principal e paramos em um restaurante bem simples.

Como já era de tardinha, tomamos um lanche e ficamos conversando com o pessoal, tanto que viajava com a gente, como de outros carros que fizeram o passeio e estavam por ali. No fim da tarde, fomos até a agência de viagens contratada, para dalí partir para o último refúgio da viagem para voltar até San Pedro no dia seguinte.
Este último refúgio ficava em outra cidade na Bolívia. Não lembramos o nome. Mas era já distante de Uyuni. Normalmente neste passeio, dividi-se o quarto com as outras pessoas do passeio, mas nós demos a sorte de, em todos os refúgios, desfrutar de um quarto só para a gente, com privacidade e tranquilidade! Se valeu pagar um pouco a mais pelo passeio? Ôh, se valeu!!! Tem gente que passa diversos perrengues durante esses 3 dias pela Bolívia. Graças a Deus, nós não enfrentamos nenhum, apenas o mal da altitude que nos pegou um pouco e só! Foi tudo maravilhoso e não temos palavras para expressar o quanto gostamos! Enfim, jantamos, dormimos e só agradecemos por tudo e pela volta que já se iniciava.
No último dia, acordamos cedo para o retorno a San Pedro. Voltamos por outro caminho, mais curto, direto para a fronteira de onde havíamos saído no início. Lá, novamente o último café da manhã e no fim da manhã já estávamos no Atacama, prontos para partir para Santiago/CHL (Sim, fomos para lá novamente heauheuauhe).
Então é isso! Foi uma aventura e tanto! Recomendo para TODOS!
Obrigado por nos acompanhar!!! E fica colado com a gente que vem aí mais dicas sobre Santiago/CHL, um local que a gente gosta muito, como podem perceber. E o Jeff gosta de usar como base para ir para outros lugares na América do sul, além de outras coisitas mais hehehehe
Até mais! Nos vemos em breve…
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